domingo, 31 de janeiro de 2010

Esperanza Aguirre chama "Filho da Puta" a colega de Partido



A Presidente da autarquia de Madrid, Esperanza Aguirre, do Partido Popular espanhol, foi "traída" por um microfone indiscreto. Não se apercebendo que os jornalistas estavam por perto, referiu-se a um colega partidário como "filho da puta".
"Tivemos muita sorte em dar um cargo a um membro da Esquerda Unida (Rodrigo Rato), privando-o do "filho da puta".
Estas palavras de Aguirre criaram de imediato uma grande polémica no meio político, o que obrigou a Presidente a um pedido de desculpas público "a todas as pessoas que se possam ter ofendido".
Esperanza Aguirre referia-se à batalha pela Presidência da Caja Madrid, um dos bancos mais importantes de Espanha. Em declarações ao diário espanhol "El Mundo", a Presidente afirmou que a frase foi retirada de uma conversa privada com o seu Vice-Presidente, Ignacio González, e que não se referia a Alberto Ruiz Gallardón, seu colega partidário, mas sim a um dos conselheiros, que preferiu não identificar.
No entanto, a imprensa espanhola avança que Esperanza Aguirre se referia a Fernando Serrano, braço-direito de Gallardón e antigo Presidente da Comissão de Controlo da Caja Madrid.
in "Sabado", 30 Janeiro 2009

domingo, 24 de janeiro de 2010

Mário Crespo - "O Palhaço"

O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço.



in "Jornal de Notícias", 14 Dezembro 2009

domingo, 3 de janeiro de 2010

Espanha está a ampliar as suas fronteiras submarinas pelo Cantábrico e Galiza

Senhor Presidente da República Portuguesa
Senhor Primeiro-Ministro de Portugal
Qual é a posição de Portugal sobre este mapa?
Os Portugueses querem uma resposta!
Área entre las 200 millas marinas actuales y las 350 millas marinas de límite máximo de la plataforma continental frente a Galicia. En esta zona están los 50.000 kilómetros cuadrados de ampliación propuestos.- IGME

España está ampliando sus fronteras submarinas por el Cantábrico y Galicia

La zona ya aprobada en Naciones Unidas y la nueva propuesta suman 128.000 kilómetros cuadrados de plataforma continental
España está en proceso de extender su plataforma continental tanto en el mar Cantábrico como en Galicia, sobre la base de unos trabajos de investigación que suponen 78.000 kilómetros en el Cantábrico (ya aprobados en 2009 por Naciones Unidas) y 50.000 kilómetros cuadrados en Galicia, propuesta que será defendida ante Naciones Unidas en 2010. Luis Somoza, investigador del Instituto Geológico y Minero de España (IGME), coordinador científico del proyecto y asesor del Ministerio de Asuntos Exteriores, ha presentado hoy en Oviedo los últimos trabajos, sobre Galicia, que la delegación española ya ha entregado en la sede de la Convención de Naciones Unidas sobre el Derecho del Mar en Nueva York.
La presentación de estos datos científicos que avalan la ampliación de la plataforma han tenido lugar en el marco del 6º Simposio sobre el Margen Ibérico Atlántico que se celebra esta semana en Oviedo, informa el IGME. En esta reunión participa la mayor parte de los investigadores del mar sobre el margen ibérico, tanto de España como de Portugal y Francia.
"Nuestro objetivo es alcanzar la ampliación de más de 330.000 kilómetros cuadrados de la plataforma continental" señala Somoza. "Esto significa más de la mitad de la extensión de la España emergida, incluyendo Baleares y Canarias. Hasta ahora, hemos conseguido 78.000 kilómetros cuadrados con nuevos límites en el mar Cantábrico y hemos propuesto más de 50.000 kilómetros cuadrados en Galicia, mientras que en las islas Canarias podemos llegar a 200.000 kilómetros cuadrados".
Al igual que otros países europeos, España ha seguido la estrategia de dividir sus propuestas en estas tres áreas geográficas diferentes, ya que en el caso del Mediterráneo, España no tiene opción de extensión, puesto que sus límites con los países ribereños son menores que las 200 millas marinas. "Hemos sido uno de los primeros países en conseguir la aprobación de la extensión de una parte de nuestra plataforma. Hasta el momento se han presentado más de 51 países" apunta Somoza.
Para el desarrollo de los tres proyectos de ampliación colaboran los ministerios de Ciencia e Innovación, de Asuntos Exteriores y Cooperación y de Defensa."Tanto la presentación de las propuestas ante Naciones Unidas como lostrabajos de investigación previos implican una continua coordinación de los tres ministerios implicados", puntualiza Somoza.
Un equipo de investigadores del IGME, el Instituto Español de Oceanografía y el Instituto Hidrográfico de la Marina, junto con asesores jurídicos del Ministerio de Asuntos Exteriores, compone la delegación española que ha realizado la presentación formal de ampliación de la Plataforma de Galicia. Y en las propuestas han colaborado, también, profesores de las universidades de Vigo, de Santiago de Compostela y de la Estación Científica de la Graña de Ferrol.

La extensión del Cantábrico aprobada en Nueva York
El 24 de Marzo de 2009, la Comisión de Nueva York aprobó lo que supondrá una extensión total de 78.000 kilómetros cuadrados del titulo jurídico de España sobre la plataforma continental del mar Cantábrico. España presentó la propuesta de ampliación a finales de agosto de 2006. Esta propuesta se basó, principalmente, en los datos adquiridos en la campaña oceanográfica Breogham (primer dios celta de Iberia), que tuvo lugar a bordo del Hespérides, y que se realizó de forma conjunta con Irlanda, Francia y el Reino Unido. La defensa científica de esta propuesta ha supuesto un hito en el entorno de la Convención, por ser la primera realizada conjuntamente por varios países ribereños.
La ampliación de Galicia será defendida en 2010
En Galicia, se han propuesto los límites exteriores de la plataforma continental más allá de las 200 millas marinas actuales, lo que puede suponer una superficie añadida en torno a los 50.000 kilómetros cuadrados de la soberanía de España en el margen gallego. La defensa tendrá lugar en abril del 2010 ante la Comisión de Naciones Unidas.

La ampliación de Canarias queda pendiente
Para las islas Canarias, el día 11 de mayo de 2009, España presentó en Nueva York ante la Comisión de Naciones Unidas la información preliminar, que contempla un plazo de cinco años para la presentación de los datos científicos. Al oeste de las Islas Canarias, se prevé una extensión de 206.000 kilómetros cuadrados de la jurisdicción nacional de España. Se ha realizado la petición ante la pertinente comisión de buques del Ministerio de Ciencia e Innovación y de Defensa, de tiempo de buque para la realización de los trabajos en las islas Canarias, de gran importancia dados los límites con Portugal y Marruecos.
Derecho a ampliar la Plataforma continental

La Convención del Derecho del Mar de Naciones Unidas, en su artículo 76, permite a un Estado trazar los límites de su plataforma continental más allá de sus 200 millas marinas si así lo avalan sus datos científicos. La Plataforma Continental, al igual que la Zona Económica Exclusiva (ZEE) son términos jurídicos contemplados en la Convención de Derecho del Mar, limitadas a las 200 millas marinas medidas desde su costa. Únicamente la Plataforma Continental, un término jurídico que contempla la jurisdicción sobre los recursos naturales de los fondos marinos y subsuelo, puede ser extendida hasta un máximo de 350 millas marinas mediante la aplicación del citado artículo. Tanto las reservas de gases y gases hidratados profundos del subsuelo, así como de los nódulos y costras polimetálicos de los fondos marinos ricos en hierro, cobalto y níquel , entrarían bajo la jurisdicción del término Plataforma Continental.

Dada la importancia económica de dicha ampliación, 51 países con costas y espacio marítimos ya han presentado sus propuestas de extensión. En algunos casos como el de España, Reino Unido y Francia se han realizado varias propuestas divididas por áreas geográficas, mientras que otros como Brasil, Argentina o Australia las han realizado en una única presentación.


A Propósito...
Quem é este Senhor Dr. António Ribeiro - Departamento de Geologia e Laboratório de Tectonofísica e Tectónica Experimental, Universidade de Lisboa, Portugal - que está neste Projecto e esteve no "6º Simposio sobre el Margen Ibérico Atlántico"?
Ver in http://www.uniovi.es/MIA09/