domingo, 21 de março de 2010

Irritação dos Deputados Socialistas na Sessão Legislativa de 19 Março 2010

Jaime Gama recusa dar a palavra ao Secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata, na Assembleia da República, por este não ter usado a forma regimental correcta para se dirigir ao plenário. José Lello deputado do PS, tenta limitar o trabalho dos fotógrafos na Assembleia da República.


O deputado socialista José Lello defendeu hoje a «necessidade de definir a mobilidade» dos repórteres fotográficos na Assembleia da República, afirmando que os deputados «não podem estar sujeitos ao voyeurismo». Em resposta, o Presidente da Assembleia da República lembrou ao Deputado socialista que os computadores utilizados pelos deputados «não são pessoais, são de serviço público».

A intervenção do Deputado do PS, que preside ao Conselho de Administração da Assembleia da República, numa interpelação à mesa, foi feita enquanto decorria o debate de urgência marcado pelo CDS-PP sobre violência no meio escolar, e levou os deputados do PS a baixarem os ecrãs dos seus computadores, em sinal de protesto.

José Lello afirmou que «sente-se nas bancadas a necessidade de definir a mobilidade dos repórteres fotográficos», alegando que os deputados têm direito à sua privacidade, nomeadamente sobre os conteúdos dos computadores que utilizam no plenário.

«Não podem estar sujeitos ao voyeurismo dos senhores fotógrafos, que se debruçam-se nas tribunas, o que não é admitido a nenhum visitante», sustentou, numa declaração que motivou os aplausos da bancada socialista e também de deputados do PSD.

«O senhor jornalista não pode fotografar o que eu tenho aqui, porque isso desrespeita a minha privacidade e isso eu não admito», sustentou Lello.

Na resposta, o Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, afirmou que as regras estabelecidas foram aprovadas pelos deputados e que, caso queiram alterá-las, «deverão assumir essa mudança do ponto de vista político».

Jaime Gama recordou a José Lello a sua condição de Presidente do Conselho de Administração do Parlamento, e sustentou que este «é um espaço público» e que os computadores utilizados pelos deputados «não são pessoais, são de serviço público».

«As regras na Assembleia da República estão aprovadas por todos os senhores deputados», sublinhou Jaime Gama, pedindo aos deputados que «compreendam as regras que fixaram» e lembrando que «se as quiserem mudar, deverão assumir essa mudança, do ponto de vista político».

Conclusão: Quem paga estas birras é o Zé Povão!

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