quarta-feira, 30 de junho de 2010

Scuts II

Memória Histórica - 30 Junho 2010


DESCRIÇÃO: A "Noite das Facas Longas" na Alemanha Nazi. Último dia de soberania britânica em Hong Kong. Publicado o romance "E tudo o vento levou". O Brasil vence pela quinta vez o Mundial de Futebol, em 2002. Nasceram Anthony Mann, Czeslaw Milosz, Francisco da Costa Gomes, Michael Phelps. Os "New Kids on the Block" com "Step By Step".

terça-feira, 29 de junho de 2010

Mostramos e Ganhamos - Espanha vs Portugal

Memória Histórica - 29 Junho 2010


DESCRIÇÃO: Dia de São Pedro. O vaivém Atlantis acopla com a estação espacial MIR. Incêndio destrói o Teatro Globe, em Londres. Forças iraquianas assumem formalmente o controlo de Bagdad e outras cidades do Iraque. Nasceram Antoine de Saint-Exupéry e Rosa Mota. Morreu Paul Klee. Billy Haley and The Comets com "Rock around the clock".

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A Crise

Scuts I

Pedro Bento - Mr. Chips

Assessor dirige firma de chips

O Assessor do Secretário de Estado Paulo Campos deixou o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações para assumir o cargo de administrador executivo em Portugal da "Q-Free", empresa fornecedora dos chips de matrícula que o Governo queria usar nas Scut. O Gabinete de Paulo Campos diz que as "opções profissionais" do ex-assessor são "da sua inteira responsabilidade e no âmbito das suas escolhas pessoais e éticas".

De acordo com o o semanário "Expresso", Pedro Bento foi assessor do governante até que, em Outubro do ano passado, passou para a administração da empresa pública que gere o sistema de pagamentos nas auto-estradas. O gestor e antigo capitão da Força Aérea pediu uma licença sabática em Janeiro último, e, em Março, assumiu a direcção da representação portuguesa da marca norueguesa que forneceu os equipamentos electrónicos instalados nos pórticos das três Scut que vão ser portajadas e os controversos chips.

Esta não é, porém, a primeira vez que um ex-assessor de Paulo Campos se vê envolvido em polémica. Em 2006, Vasco Gueifão, um dos fundadores da "F9 Consulting" – empresa a quem foram adjudicados por ajuste directo estudos sobre a introdução de portagens em três Scut –, foi nomeado para Assessor na Secretaria de Estado, mantendo o vínculo à consultora.

Necessitamos urgentemente de um Decreto-Lei n.º 446, de 13 de Setembro 1974 - mas não há vontade política como é óbvio...

Sócrates e a Tempestade Perfeita

Memória Histórica - 28 Junho 2010


DESCRIÇÃO: Atentado ao Arquiduque Franz Ferdinand abre caminho à I Grande Guerra. Assinatura do Tratado de Versailles. Tropas americanas passam a soberania de Bagdad a um Governo Iraquiano. Invenção do saxofone. Primeiro voo comercial transatlântico Lisboa-Nova Iorque. Nasceram Rubens, Jean Jacques Rousseau, Luigi Pirandello. Os "10CC" com "I'm not in live".

domingo, 27 de junho de 2010

Guia Turístico de Lisboa

Memória Histórica - 27 Junho 2010


DESCRIÇÃO: Ramalho Eanes eleito primeiro Presidente da República após o 25 de Abril. Os motins de Stonewall. Registada a patente do gramofone. Apresentado o sistema precursor da televisão. Começou a funcionar a primeira central nuclear do mundo. Publicado o primeiro estudo que ligou o tabaco ao cancro. Nasceram Helen Keller e João Guimarães Rosa. Whitney Houston e "I wanna dance with somebody".

sábado, 26 de junho de 2010

Comentador Político

Memória Histórica - 26 Junho 2010


DESCRIÇÃO: Revelado o mapa básico do genoma humano. Criação do "Código de Barras". Proibição das Conferências do Casino Lisbonense. J.F. Kennedy faz o célebre discurso "Sou um berlinense". Nasceram Gilberto Gil, José Barata Moura e Manu Chao. The Byrds e "Mr. Tambourine Man".

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Pátio das Cantigas - Vasco Santana e o Candeeiro

A cena em que Vasco Santana fala com o candeeiro

Pátio das Cantigas

Os sonhos, seduções, dissabores, paixões, ciúmes e alegrias de uma pequena comunidade de um popular pátio político.

Memória Histórica - 25 Junho 2010


DESCRIÇÃO: Morre Michael Jackson, o Rei da Pop. Primeira transmissão de televisão a cores. Primeira emissão de televisão transatlântica por satélite. Publicado o "Diário de Anne Frank". Início da Guerra da Coreia. Moçambique torna-se independente. Inauguração do Museu Berardo de Arte Contemporânea. Nasceram Antoni Gaudi e Álvaro Siza Vieira. Morreu Jacques Cousteau. A música dos Marretas.

Jogadores de Cartas

O importante é o poder e o Passos "Dias" com as suas jogadas sujas vai pôr em polvorosa os Presidentes de Autarquias e Utentes.
Talvez venha a apanhar as canas!

Primeira Página - Imprensa

Semanário "Sol", n.º 199, 25 Junho 2010


Semanário "Sol/Confidencial", n.º 199, 25 Junho 2010



Semanário "Sol/Tabu", n.º 199, 25 Junho 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

N. A. S. A. - Money

Jabulani, a Bola do Sudáfrica 2010


Como em cada Mundial de Futebol, por uma questão de marketing, as Adidas lança uma nova bola baptizando-a de "Jabulani" - que significa "elefante" na língua "Isizulu" - animal que é sinónimo de boa sorte.

Para além de um nome diferente, as Adidas dá a cada uma das bolas um desenho distinto e aplica a última tecnologia.

Quanto à sua estética, a "Jabulani" procura transmitir a variedade sócio-cultural do país e do colorido do continente. Desta maneira, na sua superfície poderemos apreciar quatro desenhos triangulares que combinam com 11 cores diferentes representando as 11 comunidades que convivem na África do Sul remetendo para o Estádio "Soccer City", de Johannesburgo, que será o cenário principal da Copa do Mundo.


As Adidas colocou toda a técnica nesta bola. A bola não tem costuras, está formada por oito painéis tridimensionais que lhe dá a forma de uma esfera perfeita e conta com a tecnologia "Termal Bonding" feita à prova de água.

A característica "Grip' n'Groove" faz com que a bola não seja lisa ao tacto pela grande quantidade de ranhuras que se encontram em toda a sua superfície.

Este detalhe dá-lhe uma sensação de rugosidade, o que se traduz em estabilidade, controlo, tiros certeiros e precisão.

Fonte: Uncrate

Comunistas de São Petersburgo exigem repetição de jogo Portugal-Coreia do Norte

A selecção da Coreia do Norte tinha agendado o estágio de preparação do Mundial'2010 para a cidade zimbabueana de Bulawayo, mas as autoridades daquele país obrigaram a comitiva norte-coreana a mudar-se para a capital Harare devido aos protestos de grupos de oposição e defensores dos direitos humanos nas províncias do sudoeste do Zimbabué, recordando os ataques dos asiáticos no início da década de 80, os quais provocaram a morte a mais de 20 mil zimbabueanos. Os filhos das vítimas das tropas norte-coreanas ameaçaram provocar tumultos caso a selecção asiática se concentrasse na província de Matabeleland, no sul, onde se registaram os massacres, pelo que o governo reagiu de imediato.

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Abaixo a tradução da carta enviada pela "Organização dos Comunistas de São Petersburgo e da Região de Leninegrado" à FIFA. Antes disso, gostaria de lembrar que entre as propostas desta organização está a de beatificação do ditador comunista José Estaline pela Igreja Ortodoxa Russa.

"Estimado Sr. Blatter!

O 19º Campeonato do Mundo de Futebol, cuja fase final se realiza na República da África do Sul entre 11 de Junho e 11 de Julho, está a ser acompanhado, para nossa profunda tristeza, de numerosos escândalos, provocações, ingerência na competição dos serviços secretos imperialistas e, por isso, a competição perdeu a legitimidade aos olhos de milhões de amantes do futebol: partidários da paz e da amizade entre os povos.

Por exemplo, quando da escolha do local de realização, foi afastada do concurso a Grande República Socialista Popular Árabe da Líbia.

Quando, sob a pressão das forças progressistas do planeta, a República da África do Sul, que derrubou o jugo do apartheid, foi escolhida como local de realização do campeonato, o conhecido revanchista e experiente espião Franz Beckenbauer fez várias tentativas de mudá-lo. Isso estragou os nervos aos jogadores da selecção da África do Sul e dos seus amigos, os comunistas de todo o mundo.

Através de ameaças, chantagem, falsificações e terror moral, foram afastadas da competição as equipas de Cuba, Venezuela, Vietname, Laos, Abkházia, Nicarágua, Síria, Nepal, Zimbabwe, Namíbia, Bielorrússia, ou seja, os países socialistas mais destacados. Não nos satisfazem as explicações ridículas dos burocratas da FIFA de que os países socialistas jogam mal futebol.

A campanha publicitária do torneio, a despeito dos protestos da opinião pública mundial, foi entregue à Coca-Cola, sobre cuja consciência pesam milhões de vidas jovens assassinadas, principalmente na Rússia.

No período de realização do campeonato, os racistas e neocolonialistas submeteram a uma perseguição implacável os apoiantes da República da África do Sul, veteranos do movimento de libertação, pelo emprego da vuvuzela. A campanha desenfreada de ridicularização dessa tradição nacional dos negros levou, no fim de contas, a que a selecção da RAS não tenha passado aos 1/8 de final. Semelhante discriminação aberta do país que recebe o campeonato ocorreu pela primeira vez na história do futebol mundial.

No período de preparação dos jogos, veteranos, homens da ciência e da cultura, combatentes pela independência da Ásia e da África chamaram a atenção da FIFA para o facto de a nova bola da Adidas: Jabulani, especialmente fabricada para o Campeonato, revelar uma surpresa total da sua trajectória, não obedece às pernas humanas, é controlada de fora. Disso falou, nomeadamente, Fidel Castro.

Mas a FIFA ignora quais críticas das forças progressistas sobre as condições insuportáveis em que decorre o Campeonato. Os acontecimentos em torno da equipa da República Democrática Popular da Coreia do Norte (RDPC) são a apoteose da violação de todas as regras e tradições desportivas, uma prova da ingerência descarada do bloco da NATO na vida desportiva.

Inicialmente, antes do jogo decisivo contra o Brasil, desapareceram os melhores quatro jogadores da única equipa socialista que chegou ao campeonato.

Mas, mesmo privada pelos inimigos dos seus melhores filhos, a equipa da Coreia Popular apertou seriamente os brasileiros. Depois de pessoas de boa vontade terem retirado das garras da CIA, a FIFA devia suspender o campeonato até à apuração de todas as circunstâncias do rapto, inspeccionar os estádios, as bolas, as balizas, os próprios desportistas para determinar a sua autenticidade, a correspondência às regras de utilização de meios técnicos. Isso não foi feito! Foi organizado apressadamente o jogo entre a suposta “selecção da RDPC” e a equipa de Portugal, durante o qual a maioria dos observadores viu claramente que no campo estava a ocorrer algo muito pouco parecido com o futebol, o desporto e o desanuviamento da tensão internacional.

“Alguns peritos afirmam que metade dos jogadores da selecção da RDPC foram substituídos por futebolistas da Coreia do Sul... Outros assinalam a trajectória inexplicável da bola, que, com a ajuda de meios técnicos, voava constantemente para a baliza da selecção da RDPC. Além disso,ninguém tem dúvidas de que a selecção portuguesa é constituída por drogados acabados, mas não foram feitos testes de dopping. Nenhum comentador conseguiu explicar a diferença na qualidade do jogo da equipa da RDPC nos jogos contra o Brasil e Portugal, tanto mais que brasileiros e portugueses são absolutamente iguais”.

Nestas condições, os Comunistas de Petersburgo e da Região de Leninegrado exigem da FIFA a repetição do jogo entre a RDPC e Portugal, depois de investigar os factos do rapto dos jogadores da Coreia do Norte, inspeccionar a equipa de Portugal sobre o consumo de drogas, estudar a relva e as bolas a propósito de aparelhos especiais que influem na trajectória do movimento da bola.

Exigimos a passagem da selecção da RAS aos 1/8 de final, porque, caso contrário, renascerá o apartheid.

Informamo-o que nós iremos hoje apelar aos trabalhadores sul-africanos para que deixem de operar no Campeonato em sinal de protesto contra as limitações impostas às equipas da RDPC e da RAS na etapa decisiva da competição, inspirados por Kim Jong-il e Nelson Mandela.

Acabem com a guerra do futebol contra as equipas dos países que estão na vanguarda da luta contra o imperialismo, pela paz e o progresso social!"

Lord Vader entrevista Sócrates

Lord Vader entrevista Sócrates - Parte I


Lord Vader entrevista Sócrates - Parte II


Lord Vader entrevista Sócrates - Parte III

Memória Histórica - 24 Junho 2010


DESCRIÇÃO: Festas de S. João. A Batalha de S. Mamede. As tropas napoleónicas invadem a Rússia. Publicado o relatório oficial do mistério de Roswell. A primeira exposição de Pablo Picasso. Nasceram S. João da Cruz e Lionel Messi. Morreu Carlos Gardel. Os "Soul II Soul" e "Back to life".

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Disciplina de Voto

PS impõe disciplina de voto nas SCUT

Francisco Assis defendeu que o Grupo Parlamentar do PS "tem regras claras" e "em tudo aquilo que tenha a ver com documentos considerados essenciais para a aplicação das políticas do Governo prevalece o princípio da disciplina de voto".

Memória Histórica - 23 Junho 2010


DESCRIÇÃO: D. Miguel faz-se proclamar Rei e dá início às Guerras Liberais. Inaugurada a Exposição do Mundo Português. Pierre de Coubertin cria o Comité Olímpico. Christopher Sholes recebe a patente da máquina de escrever com teclado "QWERTY". Richard Kilby recebe a patente dos circuitos integrados. Nasceram Josephine de Beauharnais, Anna Akhmatova e Zinedine Zidane. Morreu Boris Vian. Nat King Cole e "Too Young".

terça-feira, 22 de junho de 2010

Memória Histórica - 22 Junho 2010


DESCRIÇÃO: Galileu Galilei é condenado pelo Tribunal da Inquisição. Criado o Observatório Real de Greenwhich, em Inglaterra. O Estado Novo português instaura o exame prévio (a censura) aos jornais. Hitler começa a invasão da União Soviética. Nasceram Billy Wilder, Abbas Kiarostami e Meryl Streep. Morreram Judy Garland e Fred Astaire. Stevie Wonder e "Fingertips".

segunda-feira, 21 de junho de 2010

domingo, 20 de junho de 2010

Políticos Espanhóis cantam "Algo Pequeñito"

Baseado na Canção Espanhola da Eurovisão 2010 - "Algo Pequeñito"

Espanha - Funcionários

Baseado na Canção Espanhola da Eurovisão 2010 - "Algo Pequeñito"



Versão "FUNCIONARIOS"

Letra

Algo sencillito, algo baratito, eso iba buscando en funcionario para ir a veranear,
Algo pequeñito, algo baratito, porque yo no creo que a mi sueldo ni un bocao le van a dar.

Algo sencillito, algo baratito, que también el IVA para colmo y en julio se va a aplicar,
dicen que hay que colaborar a que el barco no se hunda, vamos todos a remar,
pero quien lo va a lograr? Que ayuden los banqueros y el capital!!!

Algo pequeñito mi sueldo quedo, algo chiquitito huououououo

Cuando España iba tan rebién a mí nunca me subieron ni siquiera el IPC

Algo pequeñito mi sueldo quedo, algo chiquitito huouououo

Que le metan mano al capital, que hasta en tiempos de crisis beneficios obtendrá!!!

Algo pequeñito, algo baratito, que sube el IVA y con el recorte ya no llego a fin de mes.
Se me encoge el corazón cuando veo a media España en paro y sin ilusión.

Los que se hicieron de ORO donde están?
Que le quiten a ellos todo que yo no vi naaaaaaa.

Algo pequeñito mi sueldo quedo, algo chiquitito huououououo
Cuando España iba tan rebién a mí nunca me subieron ni siquiera el IPC,

Algo chiquitito huouououo

Se me encoge el corazón cuando veo a media España en paro y sin ilusión...

Algo pequeñito mi sueldo quedo, algo chiquitito huouououo

Si es por ellos yo soportare que no me cuadren las cuentas pa llegar a fin de mes!!!

Algo chiquitito huouououo

Ya me empiezo a plantear las vacaciones de este año en la azotea!!!

Algo chiquitito huouououo

Férias Presidenciais

Funeral de José Saramago


"O que um Chefe de Estado deve fazer é diferente daquilo que deve ser feito pelos amigos ou deve ser feito pelos conhecidos. Devo dizer que nunca tive o privilégio na minha vida, se me recordo, de alguma vez conhecer ou encontrar José Saramago". (...) "Na minha qualidade de Chefe de Estado emiti uma nota oficial prestando homenagem à obra literária de José Saramago e ao seu contributo para a projecção da cultura portuguesa no Mundo".

Enviou uma coroa de flores e promulgou o "Decreto de declaração de dois dias de luto nacional".

... e ponto final!

Nota: Fica o registo do facto para memória futura.

Memória Histórica - 20 Junho 2010


DESCRIÇÃO: Lançado o imposto para a construção do Aqueduto das Águas Livres. Criados os estatutos da Universidade de Oxford. A rainha Vitória de Inglaterra sobe ao trono. Criado o "telefone vermelho" entre Washington e o Kremlin. Nasceram Erroll Flynn, Martin Landau, Nicole Kidman, Paulo Bento e Frank Lampard. O Duo Ouro Negro e "Lindeza".

Assédio Político

sábado, 19 de junho de 2010

Eurodeputado Daniel Cohn-Bendit dos "Verdes"

Intervenção no Parlamento Europeu sobre a Ajuda Económica à Grécia



O eurodeputado dos Verdes Daniel Cohn-Bendit fala com inusitada força sobre a ajuda financeira à Grécia ante o Parlamento Europeu.

Bravo Daniel! Faz-nos falta um destes no Parlamento Português!

Yes, we can't


A derradeira campanha da velha esquerda europeia foi a eleição de um Presidente americano.

Duas notícias passaram despercebidas aos portugueses, entretidos com os feriados e a selecção. José María Aznar, o ex-primeiro-ministro de Espanha, jantou em privado com Pedro Passos Coelho. A chancelerina Angela Merkel está a ponderar um plano de austeridade e corte da despesa pública que reduzirá os salários em 2,5 por cento e contemplará a retenção do 13º mês em 2011.

Soubemos ainda pelo "NY Times" que paira a confusão sobre quem emprestou o quê a Portugal e que bancos estrangeiros estão envolvidos no crédito à nossa dívida. Alguns desses bancos estão em sérias dificuldades financeiras. Outros consideram que Portugal tem poucas condições para pagar uma dívida que, em parte, nunca será paga. O euro desceu face ao dólar para o mínimo nos últimos quatro anos. E Stephan Kampeter, o vice-ministro das Finanças alemão que conseguiu impor à Alemanha a inscrição do limite do défice na Constituição, uma medida que o ministro Luís Amado aprova e que José Sócrates desaprova, reuniu também com Pedro Passos Coelho.

Pedro Passos Coelho é tratado como o futuro primeiro-ministro de Portugal. Citando Barroso, ele sabe que vai ser, só não sabe quando. Decerto em 2011. À instabilidade financeira seguir-se-á a instabilidade política; e como não somos o Reino Unido, entre um Governo e outro, a legião de nomeados e assessorados, um tempo substancial se perde. Os próximos tempos serão duros, mas os portugueses não acreditam que lhes vai acontecer o mesmo que aos alemães e ingleses. Aqui, a retenção do 13º mês é uma arma atómica. Só os pobres, os velhos e os desempregados sofrem em silêncio.

Desde a revolução que Portugal é governado à esquerda em matéria de Estado e prestações sociais. Apesar das maiorias absolutas, Cavaco tinha dinheiro da Europa para manter o Estado e quis mantê-lo. A sua direita, dotada de consciência social, não era a direita pura que hoje existe em Portugal. Esta nova direita é mais jovem, mais estrangeirada, mais academicamente preparada do que a velha direita. É mais ideológica e está disposta a romper de vez com o Estado social. Nascida em democracia, formada nos cursos de Economia e Gestão das universidades, é também constituída por um núcleo de quadros e recém-licenciados, futuros regentes da pátria, que nada têm a ver com as negociatas de restaurante e o bloco central de interesses. Conservadores, pró-americanos, dotados de certo puritanismo, crentes na virtude absoluta do mercado e do capitalismo, acham (protegidos pela inexperiência) que a sua oportunidade para mudar Portugal de vez está a chegar. Tencionam, no poder, construir um sistema que proteja os empreendedores, desmantele a máquina estatal, agilize a justiça e privatize a economia agilizando os seus instrumentos, desde os financeiros aos legais; o que significa que pretendem rever a Constituição e a legislação laboral.

Não acreditam nos sindicatos, acham os comunistas e socialistas um anacronismo e consideram que só a criação de riqueza possibilita a prosperidade geral. A sua agenda política é liberal ou ultraliberal. O que quer dizer que não se revêem no PSD do cavaquismo nem no seu provincianismo. Desprezam adquiridos à esquerda como a existência de uma televisão pública, "intelectuais subsidiados" ou um Ministério da Cultura.

Em Portugal, estes jovens turcos, agastados por serem a geração "sacrificada" com a despesa pública, estão a chegar ao poder. E o seu homem vai ser Passos Coelho. Tudo os separa da velha direita de Freitas do Amaral e de Adriano Moreira, e nem para Paulo Portas e o seu populismo defensor de velhos e agricultores têm muita paciência. Serão para Portugal o que a direita foi e vai voltar a ser em Espanha: os agentes da liberalização. Os socialistas já se aperceberam que vão ser apeados nas urnas e apenas tentarão evitar uma votação humilhante. Os jovens turcos sabem que chegou a sua hora e que a crise é a sua oportunidade de pôr em prática as teorias que admiraram nos livros e nas escolas que frequentaram. Por essa Europa, a esquerda social-democrata e socialista não se repensou nem se preparou. A Europa de Willy Brandt, de Mitterrand, de Olof Palme e de Mário Soares, a Europa descendente da II Guerra Mundial e das ditaduras acabou. Calcificou. A sua sucessão tecnocrata não formou brilhantes quadros políticos e contratou demasiados oportunistas e medíocres serviçais.

O futuro da Espanha e de Portugal discutiu-se nesse encontro Aznar/Passos Coelho. E é de direita. À esquerda, só um partido vai capitalizar com a decadência do PS: o Bloco. Porque tem pensamento, ideologia, quadros e ideias. Porque não descansa. Porque prefere combater a governar. A derradeira campanha eleitoral da velha esquerda europeia foi a eleição de um Presidente americano negro. Yes, we can't.

Texto publicado na edição da "Expresso-Única", 12 Junho 2010

Morte de Sarmago

O que disseram os Políticos

Em todos os quadrantes da vida política houve reacções

"Escritor de projecção mundial, justamente galardoado com o Prémio Nobel da Literatura, José Saramago será sempre uma figura de referência da nossa cultura" Cavaco Silva

"Os portugueses apreciaram muito a obra e a carreira de José Saramago, que deixou uma obra que orgulha o país" José Sócrates

"Uma perda para todo o colectivo partidário, para o partido que ele quis que fosse o seu até ao fim da sua vida" Jerónimo de Sousa

"Deixa uma obra literária intemporal. Com o seu desaparecimento, Portugal fica mais pobre" Passos Coelho

"Rígido, severo e senhor do seu nariz, se assim se pode dizer", mas também um homem "que se emocionava e que compreendia bem tudo aquilo que o cercava" Mário Soares

"À obra vasta de Saramago, poderemos voltar sempre, ao passo que a ele, ao homem, só nos resta lembrá-lo, coligindo memórias e compondo recordações" Jorge Sampaio

"A sua obra tem pontos de maior controvérsia e outros de enorme grandeza" Jaime Gama

"Afirmou a sua criação literária através da liberdade de pensamento" Gabriela Canavilhas, Ministra da Cultura

"Uma referência universal da grandeza e do desassombro" Manuel Alegre

"Um homem e um intelectual de convicções que honrou Portugal e o Mundo" Fernando Nobre

"Tomaremos em nossas mãos o exemplo do Saramago" Carvalho da Silva

"Levantado do chão, José Saramago combateu a cegueira, a cegueira social, que é o terreno da injustiça em Portugal" José Manuel Pureza, Líder Parlamentar do BE

"Como é sabido, há muitos pontos que ideologicamente nos separavam de José Saramago, uns históricos, outros mais contemporâneos" Teresa Caeiro

"Era um homem controverso, como todas as grandes personalidades, mas cultivava uma proximidade discreta e secreta com Portugal" Manuel Maria Carrilho

"Acho o "Ensaio Sobre a Cegueira" absolutamente fora-de-série" Isabel Pires de Lima, ex-Ministra da Cultura

...

"Memorial do Convento" de José Saramago evoca a história portuguesa do reinado de D. João V no século XVII, estabelecendo uma ponte com episódios políticos do século XX.
Caracteriza essencialmente uma época de excessos e diferenças sociais que podem ser remetidas para todas as épocas …

Memória Histórica - 19 Junho 2010


DESCRIÇÃO: Publicada a primeira tira do Garfield. Primeira reunião da Assembleia Constituinte da I República aprova a "Nova Bandeira e o Hino "A Portuguesa". Julius e Ethel Rosenberg são executados. Entra em funcionamento o Banco de Sementes de Svalbard. Eratóstenes calcula a medida da circunferência e do diâmetro da Terra. Nasceram Chico Buarque e Salman Rushdie. Os Four Tops e "Can't help myself".

Morreu José Saramago - Perfil do Nobel da Literatura

Edição Especial JL / VISÃO dedicada a José Saramago.



Pequeno documentário exibido pela SIC no dia 18 Junho 2010 - "Morreu o grande escritor português José Saramago".

Foi um escritor que esteve sempre do lado dos menos desfavorecidos, como se pode ler nos seus primeiros livros e um lutador por um Mundo melhor e mais justo, Era militante do PCP e foi o único escritor de língua portuguesa a ganhar o Prémio Nobel da Literatura.

Amnistia Internacional

Inspirador vídeo da "Amnistia Internacional" contra a pena de morte em 58 países

A Amnistia Internacional que luta para que se respeitem os Direitos Humanos em todo o mundo lançou esta semana o seu último spot de grande beleza e impacto visual.

A luta contra a Pena de Morte naqueles países que ainda a exercem é o motivo deste último vídeo dirigido por "Pleix" e produzido pela Digital District.

Simplesmente Brillante!

O último fuzilado dos EUA

Um condenado à morte foi hoje executado pouco depois das 6h tmg, por fuzilamento, no Estado norte-americano de Utah, depois de ter sido recusado um último pedido de clemência, informaram fontes prisionais.

Os advogados de Ronnie Gardner, que pediu para ser executado por um pelotão de fuzilamento, tinham apresentado na quinta-feira um derradeiro pedido de clemência, mas este foi recusado.

O Estado de Utah aboliu as execuções a tiro em 2004, mas as pessoas condenadas à morte entes desta data mantêm o direito de opção entre este método e a injecção letal.

O último fuzilamento no Estado de Utah data de 1996.

Primeira Página - Imprensa

Semanário "Sol", Edição n.º 198, 18 Junho 2010
Semanário "Confidencial/Sol" n.º 198, 18 Junho 2010

Semanário "Sol-Tabu", Edição n.º 198, 18 Junho 2010

Semanário "Expresso", 19 Junho 2010
Semanário "Expresso-Economia", 19 Junho 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Memória Histórica - 18 Junho 2010


DESCRIÇÃO: A Batalha de Waterloo. Divulgada a notícia da morte de Pol Pot. Surgem os "LP", os discos de vinil "Long Play". Nasceram Paul McCartney e Maria Bethânia. Morreu Roald Amundsen. Beck e "Devil's haircut".

Louçã e a Gaffe de Lacão

Os seis apitos de "Vuzuzelas"


No Parlamento, o Ministro dos Assuntos Parlamentares - Jorge Lacão - resumiu o contributo do Bloco de Esquerda a “seis apitos de Vuzuzelas”, quando deveria ter dito "Vuvuzela".

Risada geral por parte dos deputados com a gaffe.

Esperemos que as "Vuvuzelas" se oiçam no Parlamento.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sede PSD - Vendida pelo Governo

Acção nocturna de blogueres pretendeu denunciar rendição do PSD e domínio de Teixeira dos Santos no Executivo de José Sócrates.



Na sede nacional do PSD, foi colocado esta noite um cartaz igual aos de uma conhecida agência imobiliária, dando conta de que o edifício dos sociais-democratas teria sido "vendido" pelo Governo.


Foi esta a forma encontrada por um blogue, Alunos do Liberalismo, para denunciar a aproximação do maior Partido da oposição ao Governo e, ao mesmo tempo, chamar a atenção para este novo espaço da blogosfera, que junta sobretudo alunos universitários e, como o nome indica, liberais.

No cartaz, semelhante aos da
"Remax", surge o rosto do Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, como o responsável pela "venda" do PSD aos socialistas. "A ideia é denunciar que o PSD se vendeu ao Governo e que Teixeira dos Santos manda mais do que o Primeiro-Ministro", sublinha José Maria Bárcia, um dos colaboradores do blogue. Aliás, o número de telefone que consta do cartaz é o geral do Ministério das Finanças.

Acção escapou às câmaras de vigilância

Antes da operação nocturna foi estudado o edifício do PSD, na Lapa, de forma a que o cartaz fosse colocado num local que ficasse fora do alcance das câmaras de vídeo-vigilância. As imagens da iniciativa estão hoje disponíveis no blogue, que arrancou há pouco mais de um mês.

Esta operação, a que José Maria Bárcia chama
"iniciativa de cidadania", teve como inspiração, "entre outras", o blogue 31 da Armada, que trocou a bandeira nacional por uma da monarquia na Câmara Municipal de Lisboa.

"Temos o direito e dever de fazer este tipo de coisas", diz o bloguer.

"Somos jovens, temos capacidade criativa e temos um olhar critico. Queremos poder olhar para tudo com inteligência e sentido de humor. Temos imensas ideias que vão ser postas em acção", promete.

Os autores da iniciativa pouco antes de assinalarem
a venda da sede do PSD, na Lapa.

Memória Histórica - 17 Junho 2010


DESCRIÇÃO: Assalto ao edifício Watergate abre escândalo político na presidência de Richard Nixon. A morte de Mumtaz Mahal leva o marido a fazer erguer o Taj Mahal. Perseguição policial a OJ Simpson. Rudolf Nureyev foge para o ocidente. Nasceram Igor Stravinsky e MC Escher. Pat Boone com "Love letters in the sand".

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Música do Dia - Daniel Melingo "Narigon"

Paulo Portas - Pela Boca Morre o Peixe...

Os arquivos falam por si. É bom recordar...

Na plateia o seu actual noivo Pedro Passos Coelho.
Ministro do Mar... pois... A Zita Seabra até adivinhava. Anos mais tarde acaba por ser Ministro do Mar.
Ser "Ministro do Mar é uma coisa muito vaga" - Paulo Portas.

Eterna Sedução


Paulo Portas declarou-se descaradamente a Passos Co(elho)e não resistiu...

Simplicidade e Bom Senso... Façam férias cá dentro

"Férias passadas no estrangeiro são importações e aumentam a dívida externa portuguesa" - Cavaco Silva

Simplicidade e bom senso

Passos Coelho quer que o povo português seja tão flexível como o chinês.


Finalmente o Presidente da República apresentou uma solução económica concreta aos portugueses: façam férias dentro do país. Como o ministro Vieira da Silva apareceu logo de seguida a desvalorizar o conselho, Cavaco Silva explicou: "Férias passadas no estrangeiro são importações e aumentam a dívida externa portuguesa". A mim, o alvitre presidencial pareceu-me simples e sensato, e a simplicidade e o bom senso são duas coisas que, nesta fase difícil, me parecem tão imprescindíveis como a manutenção do IVA no cabaz básico de sobrevivência.

Um dos argumentos centrais da campanha de Cavaco Silva nas últimas presidenciais era o do valor da sua sabedoria financeira para ajudar o país. Cheguei a ter a sensação de que até José Sócrates sonhava secretamente com essa preciosa ajuda. A mim, que sou de Letras, parecia-me estranho que alguém que, enquanto primeiro-ministro, desperdiçara ou deixara desperdiçar lautamente os rios de dinheiro europeus postos à disposição do crescimento de Portugal, fosse de repente capaz de, em época de vacas anorécticas, salvar a nação. Mas, na dúvida, prefiro acreditar na capacidade de recuperação ou de aprendizagem das pessoas - e, nesses idos de há cinco anos, ainda acreditava que, no fundo, no fundo, os políticos profissionais seriam pessoas como as outras, capazes de, quando necessário, colocarem seriamente o bem comum à frente dos seus interesses pessoais ou de grupo. Porém, depois de eleito, o Presidente e o seu partido decidiram sublinhar o contrário: que o Presidente é a alma da nação, mas não governa. A questão é que em tempo de guerra não se limpam almas: todas têm que governar, ou que contribuir para o governo comum. Concordarão que é necessária muita força anímica para sustentar uma família com menos de mil euros por mês - e há muitos milhares de famílias portuguesas que o fazem.

É melhor ter um Presidente que arregaça as mangas e se põe a fazer contas do que um ministro das Finanças que, a bem da pátria, se propõe dar um pontapé na Constituição. Teixeira dos Santos foi ao Parlamento dizer que o princípio da defesa da "economia, do emprego e do futuro do país" é um valor que "se sobrepõe ao princípio da não retroactividade das medidas fiscais" - princípio esse inscrito na Lei Fundamental que nos rege. O CDS-PP e o Bloco de Esquerda apresentaram propostas para impedir esta inconstitucionalidade, que não incomoda o PSD - o que preocupa Passos Coelho são as leis do trabalho, que ainda não tornaram o bom povo português tão flexível como o chinês.

Não sei se estão lembrados de outros momentos históricos, em Portugal e no mundo, em que os pilares e princípios básicos foram postos entre parêntesis, supostamente em prol de uma 'salvação' qualquer. Se não estão lembrados, resumo-vos em três palavras: nunca correu bem. A moda de criar um clima de pânico social e de afunilamento de soluções também já deu o que tinha a dar - na Alemanha deu Hitler, na União Soviética deu Estaline, entre nós, mais modestamente, deu Salazar. Isto é: a história já provou que o terror, a surdez, a indicação de soluções finais e de caminhos sem alternativa não contribui em nada para o progresso nem para o sucesso - a não ser, eventualmente, da indústria funerária, mas essa não precisa de incentivos.

As grandes mudanças fazem-se através de pequenos e decisivos passos. Os economistas e os banqueiros, em geral, desdenham os cortes no desperdício que representam uma mudança de hábitos. Para eles é tudo macro, inefável e, em última análise, incontrolável - os discursos dos economistas são melancólicos e vagos como poemas, mas sem a beleza da forma como mais-valia.

Ainda na passada semana um afamado banqueiro definia, aqui no Expresso, os aviões particulares como "instrumentos de trabalho", os prémios chorudos como amendoins (sem os quais os cérebros mais desenvolvidos fugirão para outras árvores, dizia), os cortes nos salários dos altos cargos como irrelevantes. Só a sobrecarga fiscal sobre os que vivem com dificuldades e a cópia do desgraçado modelo laboral chinês parecem eficazes aos grandes senhores e aos fracos políticos que continuam a caber-nos em sorte. Sem linha de horizonte que se veja.

Texto publicado na edição da "Única", 12 Junho 2010

Memória Histórica - 16 Junho 2010


DESCRIÇÃO: A revolta do Soweto em 1976. Comemorações do Bloomsday na Irlanda. Inauguração do Estádio do Maracanã. Valentina Tereshkova, a primeira mulher no espaço. Nasceram Giovanni Bocaccio, Stan laurel, Ivan Lins. John Travolta e Olivia Newton-John com "You're the one that I want".

terça-feira, 15 de junho de 2010

Memória Histórica - 15 Junho 2010


DESCRIÇÃO: João I de Inglaterra assina a "Magna Carta". Jean Baptiste-Denys faz a primeira transfusão de sangue para um ser humano. Benjamin Franklin faz a experiência do papagaio de papel, demonstrando que os relâmpagos são electricidade. Charles Goodyear regista a patente da vulcanização. Pablo Neruda publica os "20 Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada". Nasceram Edvard Grieg, Hugo Pratt e Demis Roussos. Os The Cure e "Boys don't cry".

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Santana Lopes... O Outro Calaceiro

Em Busca dos Calaceiros...

Moeda única: Erro de Portugal "foi ter sido calaceiro"
A culpa é de certeza deste povo "Calaceiro"!

O erro de Portugal, ao aderir à moeda única, "não está em ter sido ambicioso, está em ter sido calaceiro", afirmou em Coimbra, Pedro Passos Coelho.

"Nós fomos ambiciosos ao entrar no euro", mas, "simplesmente", depois, "pusemo-nos a dormir durante estes anos todos", criticou o líder do PSD, que falou em mais uma sessão dos Serões das Províncias, iniciativa do semanário Campeão das Províncias.

"A entrada no euro, a adesão à união económica e monetária, foi um projecto extremamente ambicioso", mas "prejudicou a nossa competitividade" e "transmitiu a todo o país alguma ilusão de dinheiro fácil", referiu.

"Sabíamos o que o Euro trazia". A "perda de competitividade" e "essa ilusão" só tiveram, "as consequências que tiveram porque nada foi feito" para as contrariar, sustentou o líder social democrata, sublinhando que, "ao aderirmos ao euro, sabíamos o que ele trazia".

O facto de nada ter sido feito para contrariar as consequências da adesão à moeda única é, na perspectiva de Passos Coelho, uma das principais razões para a "actual situação do país".

Portugal sabe, "há muitos anos", que tem necessidade de contrariar aquela situação, mas nada tem feito, acusa o presidente do PSD, considerando que o mesmo sucede em relação às reformas estruturais do país.

Em apelo ao Governo defendeu que "Há muitos anos que sabemos que precisamos de fazer" as reformas da justiça, da administração, da regulação e do sistema educativo e formativo e que é necessário "dotar o Estado de dignidade e eficácia para que torne legítima a sua intervenção", mas nada tem sido feito.

Entre "todas estas reformas estruturais", Pedro Passos Coelho mencionou "duas que são muito relevantes", mas espera que "não sejam mal entendidas no dia da evocação do dia do trabalhador" - casos da "reforma da lei laboral e a reforma da lei das rendas".

O Presidente do PSD voltou a apelar ao governo que "repondere" as grandes obras públicas, cujo "mérito" agora não importa sequer discutir, pois o país não tem capacidade económica para as executar.

Esqueceu este Senhor que o seu Partido já foi Governo. A culpa é do Povo!

Porque razão os políticos têm pensões vitalícias depois de meia dúzia de anos na política?

Onde andou este Senhor estes anos todos...? Como "JSD", não há memória de ter verbalizado nada neste e noutros sentidos.

A culpa é de certeza deste povo "Calaceiro"!

Porque não te calas?...

Revisão da Constituição da República Portuguesa

O Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, desafiou o PSD a apresentar a Proposta de Revisão da Constituição que o seu líder, Pedro Passos Coelho, anunciou quando foi eleito em Abril
"Era tão urgente, tão urgente, que tinha ainda que ser feita ainda antes das Eleições Presidenciais. A Proposta estaria pronta até ao final de Maio, e agora vamos em Junho, talvez no final de Junho, e depois vêm aí as férias parlamentares e a Proposta não aparece" - Pedro Silva Pereira

Memória Histórica - 14 Junho 2010


DESCRIÇÃO: O Vaticano põe fim ao "Index", a lista das obras proibidas pela Igreja Católica. O Congresso norte-americano adopta a "Stars and Stripes" como bandeira oficial dos EUA. O "UNIVAC I", o primeiro computador comercial, é apresentado nos EUA. Nasceram Ernesto "Che" Guevara e David Fonseca. Janis Ian e "At seventeen".

Ex-Ministro de Defesa do Canadá - Paul Hellyer

Paul Hellyer,ex-Ministro de Defesa do Canadá - Conferência no "Congresso de Exopolítica", em Abril 2008

domingo, 13 de junho de 2010

Santo António de Lisboa


Humor à Moda Antiga

Corrida de Bicicleta

A Nova Ordem Europeia

"Nova Ordem Europeia - NEO" foi o neo-facismo europeu, criado em 1951 para promover o nacionalismo Pan-Europeu.
Perante os discursos de 12 de Junho de 2010 em Lisboa e Madrid, - "XXV Aniversário da Adesão de Portugal e Espanha à União Europeia", avizinha-se a "Nova Ordem Europeia" - "New European Order".
Atentos pois...

Balanço Bilderberg 2010 - Sitges, Barcelona

Em Espanha, já muitos sabem o que significa Bilderberg. As televisões noticiaram o encontro...


E debateram...






Depois, as manifestações...


É isto a Democracia?

O Ministro de Estado e das Finanças de Portugal, Fernando Teixeira dos SANTOS, fotografado em Sitges, Espanha, no domingo, 6 de Junho de 2010, pelas 13 horas locais, à saída do encontro do Club Bilderberg...


Para quem trabalha ele? Para um Governo legitimamento eleito em sufrágio universal ou para privados que se reúnem à porta fechada?
A Democracia pede uma resposta.

Da Constituição da República Portuguesa:

Artigo 48.º - Participação na vida pública
1. Todos os cidadãos têm o direito de tomar parte na vida política e na direcção dos assuntos públicos do país, directamente ou por intermédio de representantes livremente eleitos.
2. Todos os cidadãos têm o direito de ser esclarecidos objectivamente sobre actos do Estado e demais entidades públicas e de ser informados pelo Governo e outras autoridades acerca da gestão dos assuntos públicos.

(...)

Artigo 80.º
Princípios fundamentais
A organização económico-social assenta nos seguintes princípios:
a) Subordinação do poder económico ao poder político democrático;
b) Coexistência do sector público, do sector privado e do sector cooperativo e social de propriedade dos meios de produção;
c) Liberdade de iniciativa e de organização empresarial no âmbito de uma economia mista;
d) Propriedade pública dos recursos naturais e de meios de produção, de acordo com o interesse colectivo;
e) Planeamento democrático do desenvolvimento económico e social;
f) Protecção do sector cooperativo e social de propriedade dos meios de produção;
g) Participação das organizações representativas dos trabalhadores e das organizações representativas das actividades económicas na definição das principais medidas económicas e sociais.

Do Código Penal:

Artigo 308.º - Traição à Pátria

Aquele que, por meio de usurpação ou abuso de funções de soberania:

a) Tentar separar da Mãe-Pátria ou entregar a país estrangeiro ou submeter à soberania estrangeira todo o território português ou parte dele; ou
b) Ofender ou puser em perigo a independência do País;

é punido com pena de prisão de dez a vinte anos.

Pedro Duarte Carvalho, Jornalista

Angolanos de Sucesso - Waldemar Bastos

"Não abandonei Angola. Fui para o estrangeiro, como muita gente" Waldemar Bastos
De partida para Los Angels será lançado oficialmente no próximo dia 25 de Julho o seu novo trabalho, com algumas músicas acompanhadas pela London Symphony Orchestra.

Entrevista


Como foi o início da carreira?

Waldemar Bastos: Foi em Cabinda. Aprendi a tocar guitarra com o meu irmão, o Lúcio Bastos e dois colegas, Carlos Freitas e Fernanda Gomes. Íamos a casa de um professor de música aos fins de tarde.

JA: Como nasceu o desejo de cantar?

WB: Foi natural. A resposta que posso dar hoje é que isso já vem pré-destinado.

JA: Tem algum familiar músico?

WB: O meu pai era organista da Sé Catedral de Luanda. Fazia o acompanhamento da música sacra.

JA: Que avaliação faz da sua carreira?

WB: Faço o que sempre quis. Estava a estudar engenharia, mas sentia que não tinha vocação para aquilo. Todos temos as nossas vocações. Estou a cumprir a minha vocação. Não foi nada fácil, mas sendo um apelo profundamente interior, acho francamente a minha carreira positiva.

JA: Teve dificuldades para se impor?

WB: Tive dificuldades de diversa ordem.

JA: Qual foi a reacção dos seus pais quando optou por ser músico?

WB: Tenho muito a agradecer ao meu pai, que já morreu, e também à minha mãe, porque nunca me castraram. Na altura, os pais tinham receio que os filhos se dedicassem à música e deixassem os estudos de lado. Os meus pais, pelo contrário, ainda me incentivaram. E eu só tinha sete anos quando comecei.

JA: Qual foi o seu desempenho como estudante, estando apaixonado pela música?

WB: Olhe, cheguei à universidade, cheguei ao segundo ano de Engenharia, trabalhei na Marconi. Fui um aluno razoável, embora não me dedicasse aos estudos.

JA: Waldemar Bastos não é dos músicos mais populares. Há uma explicação para isso?

WB: Saí do país num momento complicado da nossa História. Nasci artista e vou morrer artista. Precisava de dar azo à minha música senão faria mal a mim mesmo. Um artista que não consegue expor o seu trabalho, a sua alma, está sujeito a problemas de toda a ordem. Estávamos numa situação em que todos os esforços se viravam para a guerra

JA: Em que ano deixou Angola?

WB: 1982. Não abandonei Angola. Fui para o estrangeiro, como muita gente, na certeza de que estava a fazer o melhor. Por isso é que a minha música, mesmo sem ter passado muito cá, se mantém e se revitaliza. A juventude angolana e jovens de todo o mundo cantam músicas minhas, em várias línguas. E isso orgulha-me mais quando acontece cá, porque o nosso centro de gravidade é sempre a nossa terra. A voz da alma, da arte, fala mais alto e não obedece a bloqueios. O que fiz foi simplesmente cantar a minha alma, a alma de Angola, porque nasci aqui, no berço da cultura Africana que é Mbanza Congo. Eu tinha essa profundidade dentro de mim. Quis voar e isso criou, logicamente, anti-corpos.

JA: Como foi recebido fora de Angola?

WB: Gradualmente fui ganhando respeitabilidade. Toda a gente percebeu que não caí de pára-quedas. Faço parte da Galeria da Música Universal. Isso honra-me e deve honrar todos os angolanos.

JA: Galeria da Música Universal?

WB: Sim. Há pouco tempo fui honrado com a presença do meu nome num dos maiores livros da música contemporânea, ao lado de Beethoven, Mozart e Jean Sebastian Bach, que é o maior. Isso, além do Awards que ganhei e do destaque na imprensa internacional, me agrada porque eu nunca quis aparecer na capa de um disco simplesmente para me mostrar, eu faço arte.

JA: Do que depende o sucesso de um músico?

WB: Honestidade no que faz, verticalidade, seriedade, pontualidade e perseverança.

JA: O que o inspira quando escreve as letras? A canção Velha Xica foi baseada em factos reais?

WB: Bem reais. Fiz essa música aos vinte anos. A minha avó materna, Ângela, falava-me muito da avó Xica, mãe do meu pai, que não conheci, e chamava-me à atenção para os perigos daquele tempo. As pessoas, às vezes, iam a uma festa e não voltavam. Iam para a Pide, eram torturadas e mortas. Simplesmente dei à letra o nome da minha avó Xica, que é mais abrangente. A avó Ângela não dormia enquanto eu e os meus primos não chegássemos. Foi um desabafo, uma homenagem a todas as mães e avós do mundo. É uma canção querida em todo o mundo. Passou a ser propriedade da humanidade.

JA: Porquê a expressão “Xé menino não fala política” na música Velha Xica?

WB: Porque era isso que a minha avó dizia. Quando eu ia às festas ela dizia: Xé menino, cuidado! Xé menino, não fala política! Viste o filho daquela senhora, da tia fulana? Não fala política, menino! É uma expressão da minha avó. De todas as avós. E eu consegui fazer uma música com a expressão de todas as mães e avós daquele tempo, porque todas elas tinham medo de perder os filhos

JA: Que tipo de criança foi?

WB: Humilde. Tive uma infância bonita. Sou o caçula de dois enfermeiros, vivi no Marçal. Lembro-me da velha Maricota, do senhor Jacinto das farras, senhor Lutero da popa, a Xiló, a família Sá Lemos, a escola da Makambira, onde estudei, enfim, brinquei como as outras crianças na lagoa do Bairro Indígena, corri com arco, trotinete, calção roto no rabo, era uma criança alegre e curiosa. A minha infância foi saudável e bem angolana. Os meus pais nunca foram severos e eu também sempre soube respeitá-los .

JA: O que sente um músico quando agrada ao público?

WB: Nunca fiz música pensando em encher os bolsos. Vivo da música, talvez pela minha honestidade e pelo talento que Deus me deu. Nunca me vendi. Sou cristão e descobri que quando canto não estou a fazer mais do que a minha missão de oferecer às pessoas a beleza, a fraternidade e a harmonia. Quando as pessoas querem me dar abraços, apertos de mão e sorrisos, não será essa a maior conta bancária que tenho? Como é possível que, estando eu tanto tempo fora do país, exista essa ligação com o público? Aquilo que cantei foi sincero e honesto. Falo a linguagem da alma e essa não precisa de tradutor. É a explicação que dou para um reconhecimento, até das novas gerações, ao meu trabalho.

JA: Tem algum descontentamento ou mágoa?

WB: Não. Não mesmo. Estou a falar francamente. Não tenho mágoas porque tenho a compreensão da história, da sociologia humana, da inveja. Quando um indivíduo tem uma estética e está sozinho, até vingar essa estética, atravessa vários desertos, como foi o meu caso. Mas como eu estava a cantar a beleza das coisas que Deus fez, quando se fecharam algumas portas, abriram-se várias janelas.

JA: Tem admiração por algum músico angolano?

WB: Tenho admiração por Liceu Vieira Dias. Era um homem íntegro. Tenho admiração por todos os artistas que, como eu, deram o seu contributo na Luta de Libertação Nacional.

JA: Que relação tem com os mais novos?

WB: É excelente. Sou saudado, abraçado, acarinhado, procurado e também dou carinho. Os Génesis, por exemplo, já trabalharam comigo. Dou-me bem com todos. Posso dizer que nove meses antes de perdermos o Teta Lando, estivemos na Ilha de Luanda a almoçar com o Lamartine e ficámos juntos, da uma da tarde à uma da manhã, virados para o mar a comer peixe e a conversar. Cantei com a Margareth do Rosário, dou-me bem com o Matias Damásio, Nelo de Carvalho, o Simone Massini, a Afrikanitha, o Prado Paim. A minha relação com os jovens é óptima.

JA: Quando pensa voltar ao país definitivamente?

WB: Estabelecer-me fisicamente. Porque espiritualmente sempre estive aqui. Vontade não falta, mas não tenho casa cá. Vivo da música e estou a tentar dar passos concretos para voltar ao país.

JA: Para quando um espectáculo?

WB: Esse ano vai haver. Também gostava de fazer um no CAN-2010. Vou falar com as entidades responsáveis. Quero apresentar um espectáculo porque faço música angolana e africana e a dimensão que o CAN representa, mostrará ao mundo que em termos culturais somos fortes. Quero dar o meu melhor junto de outros colegas, tocando com uma banda feita cá, que mostre a África e ao mundo a dimensão universal da música angolana.

JA: Disse recentemente que o seu próximo trabalho vai ter “dimensão universal”? Pode explicar o que quer dizer com isso?

WB: Agora que temos paz, estamos a renascer com ânimo, luz e vibração. Surgiu-me a ideia de vestir as nossas bessanganas com os trajes mais nobres. Considero as minhas músicas os clássicos da minha alma e vou incluir no disco músicas do N’gola Ritmos e também minhas, como é o caso de “Velha Xica”, “Laranja” e outras inéditas que regravei com uma dimensão sinfónica. As orquestras sinfónicas, pelo ambiente que criam através de toda a conjugação de instrumentos, tocam músicas muito sublimes. Quero pôr a música de Angola nessa dimensão e, como tenho capacidade para o fazer com humildade e sem complexos, estou a catapultar Angola para a dimensão maior da música mundial.

JA: Existem músicos africanos como Salif Keita, Cesária Évora, Manu Dibango, que fazem sucesso internacional. Porque razão os angolanos raramente chegam às esferas internacionais?

WB: Temos de analisar os anos que o Salif, a Cesária e o Manu Dibangu tiveram que lutar para chegar onde estão. Para nos afirmarmos no universo internacional temos que ter perseverança, preservação de qualidade e várias outras alíneas. Vão surgir cantores angolanos a internacionalizar-se, mas temos de esmerar, polir o diamante. Cada vez mais se nota que a nossa qualidade está a aumentar e esse é o caminho. Dizem que a música veio de África, particularmente de Angola. Temos um grande manancial para explorar, por isso é que eu e o malogrado Teta Lando nos preocupámos com essa dimensão.

JA: Que comparação faz da música angolana do seu tempo e a dos dias de hoje?

WB: Há uma grande diferença. É preciso, na minha perspectiva, voltar à guitarra e ao violão angolanos. O nosso violão contém os arquétipos da alma. O estilo que toca o Carlitos Vieira Dias, o que toco eu, o que tocava o velho Liceu, cada um com o seu estilo, claro, mas dentro dos arquétipos da alma angolana. Isso é importante também para a internacionalização. A utilização electrónica deve ser um meio e não um fim. A grande riqueza da música angolana está na sua simplicidade, harmonia e melodia. Mas há um regresso às fontes, porque estamos agora num momento de paz em que o espírito fica mais aberto e há tempo para reflectir.

JA: Quantos discos tem gravados?

WB: Cinco. Em 1982, lancei o “Estamos juntos”, em 1990, “Angola minha namorada”, 1992, “Pitanga madura”, 1997, “ Black Lite/ Preta Luz” e em 2004, “Renascença”.

JA: Vai reeditar essas obras?

WB: Estou preocupado porque as pessoas vêem ter comigo e pedem os meus discos anteriores. Estou a trabalhar para que no próximo ano os discos estejam todos à disposição do público.

JA: Na sua opinião qual é o papel do Ministério da Cultura no desenvolvimento da música?

WB: Posso dizer claramente que a ministra da Cultura é uma pessoa com grande capacidade. Conheço-a há muito tempo e, na minha forma de ver, em pouco tempo tem feito muita coisa em prol da Cultura angolana e muita coisa ainda vai fazer porque é uma pessoa que tem essa visão estética, ampla e feminina. E a arte está muito perto do feminino. De certeza que teremos dias brilhantes para os músicos e para os artistas em geral.

JA: Qual foi a sua experiência mais marcante?

WB: O assassínio brutal do meu primeiro filho. Não há coisa mais marcante para mim do que ter perdido o meu filho. Era um rapaz de ouro, tocava comigo em casa. Esse queria seguir os meus passos. Mas enfim, está a tocar no céu com a orquestra celestial. Nem gosto de falar sobre isso. O momento mais marcante no campo da música foi quando ganhei o AWARD nos EUA, e agora quando o meu nome foi incluído no livro das mil músicas que se devem ouvir antes de morrer, ao lado de vários artistas do mundo, com a sugestão de Tom Moon, grande escritor norte-americano que incluiu a minha música no seu livro, onde estão os Beatles, Bob Marley, Bethoven, Jimmy Hendricks. Senti-me gratificado.

JA: Para quando o seu próximo disco?

WB: Vou correr contra o tempo para, em meados de Junho, colocar cá fora o disco. Sabe que quando se está grávido, há uma necessidade enorme de colocar o bebé cá fora, porque senão fica uma ansiedade muito grande.

JA: Como foi recebido no país? Qual é a reação das pessoas à sua presença?

WB: Paz, sorriso e esperança. Vejo que as pessoas estão todas a caminhar nos seus projectos e à espera de dias melhores. Vejo uma grande preocupação do Governo em melhorar a vida das populações. É de louvar. Gostei sempre de estar na minha terra e é como digo sempre: mesmo que na minha terra só existissem pedras, seria sempre minha. Estar na minha terra é encontrar-me comigo mesmo.

JA: Como é o seu quotidiano em Los Angeles?

WB: No estúdio. Quando posso faço ginástica e vou ver o mar, mas passo mais tempo a compor e já tenho algumas músicas em filmes como o “Sweepers - Missão em Angola”, feito em Hollywood e, aproveitando a minha estada lá, estou a tentar fazer música para cinema.

JA: Lembra-se da sua primeira letra?

WB: Nunca cantei a minha primeira letra. Tem como título “Os meus tempos de candengue”. Tenho músicas que vão sair agora neste disco, que têm 35 anos. Vou gravá-las agora. Nunca foi minha intenção guardá-las, mas acho que se tratou de um processo de maturação espiritual. Vai ser um disco muito querido porque tem músicas profundas.

JA: Alguma vez caiu nas garras da Pide?

WB: Sim. A música “Velha Xica” foi escrita quando saí da cadeia da Pide, porque se concretizou pela negativa o que a minha avó dizia. Fui preso no Huambo com dois amigos, o Vitorino Borges da Cunha e o Carlos Saraiva, acusados de subversão contra o Estado Português.

JA: Mas prenderam-nos baseados em quê?

WB: A Pide não precisava de se basear em nada. Simplesmente prendia e depois arranjava argumentos.

in "Jornal de Angola"


Campo Minado - (Sweepers)
EUA - 1998
Participação Musical - Waldemar Bastos - "Sofrimento", "Muxima" e "Querida Angola"
Este é um filme de acção com tema super actual: os campos minados de Angola, tão combatidos pela princesa Diana antes de morrer. Dolph Lundgren, interpreta Christian Erickson, um soldado especializado no desarmamento das minas, marcado pela morte do filho em um desses territórios. O trabalho de Christian (Lundgren), não pode parar e logo ele é procurado por Michelle (Clarie Stansfield), expert do esquadrão anti-bombas, enviado à Angola para desvendar os mistérios em torno de um novo armamento. A novidade tecnológica, chamada A-6, acaba de ser utilizada em um atentado a um senador nos EUA. Juntos, Christian e Michelle vão descobrir que há muito por trás de toda essa violência. Há mais ganância, ...